Nas vias públicas de Mato Grosso do Sul, atualmente, é impressionante a quantidade de máscaras jogadas nas ruas, como se o local fosse o ambiente natural delas. Além de fazer mal aos seres humanos, traz malefícios também ao meio ambiente.

Durante a pandemia, as máscaras se tornaram um item essencial e obrigatório, hoje em dia continua sendo um item essencial, mas não obrigatório. Entretanto, como este item deve ser descartado? A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305/10, define que a destinação desse resíduo deve ser o lixo, que deve ser separado do material reciclável.

Esse lixo descartado de forma incorreta produz poluição urbana ambiental. Para o biólogo e ambientalista Vinicius Nunes, “além do possível risco de contaminação de diversas pessoas, tem o fato de que muitos municípios do Estado não tem uma destinação adequada para os resíduos sólidos gerados pela população. Então, as máscaras descartadas junto com o lixo comum podem acabar chegando em lixões a céu aberto, causando poluição de solos, recursos hídricos e possivelmente favorecendo a proliferação de vetores de doenças nesses locais”.

Ele ainda salienta que o descarte hospitalar seria o mais adequado. Para o ambientalista, como não é possível, recomenda-se o descarte no lixo de banheiro, para que ninguém tenha contato. E que esse lixo não seja descartado em vias públicas.

Outrossim, é que o material das máscaras demora anos para se decompor e o descarte inadequado pode causar diversos problemas ambientais, além de causar entupimentos da rede de esgoto e levar a alagamentos.

O empresário morador de Campo grande, Alef Cardoso, usa mascara descartável no seu dia, mas não sabe como fazer o descarte correto. O mesmo ocorre com a Patrícia Cecilia, que é dona de casa, moradora do município de Paranaíba-MS.

Para Walber Junior, ativista ambiental, tem que haver uma campanha eficaz de conscientização de como fazer o descarte correto da máscara, que seja e pensado por sanitarista e promovida pelo Estado e empresas, para que haja uma conscientização popular.

É importante ressaltar que o Brasil assinou acordo com Cúpula das Nações Unidas, que definiu as 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que define uma agenda para Objetivos. Mas o descarte incorreto da máscara infringe pelo menos 3 ODS (11 Cidades e comunidades sustentáveis; 13 Ação contra a mudança global do clima; 14 Vida na água). Fato que dificulta ao Brasil conseguir cumprir com esses objetivos até em 2030.