A pandemia da Covid- 19 atinge a sociedade há dois anos, com seu início no ano de 2020, ela afetou o mundo todo com milhões de mortes e casos de internação. Porém, mesmo sem o total controle da doença, as festas e eventos estão autorizados em Campo Grande. Mato Grosso do Sul permitiu o não uso de máscaras em locais abertos em 2021, e em março deste ano o governo do Estado anunciou a liberação do uso em locais fechados. Para os promotores de eventos, as medidas de biossegurança foram respeitadas em relação ao número máximo de pessoas no ambiente, e em alguns lugares era exigido o comprovante da vacina. Contudo, a questão das máscaras e álcool em gel não era possível manter o total controle, dado que dentro das baladas as pessoas faziam o que quisessem.
Para os promotores de eventos, as medidas de biossegurança foram respeitadas em relação ao número máximo de pessoas no ambiente, e em alguns lugares era exigido o comprovante da vacina. Contudo, a questão das máscaras e álcool em gel não era possível manter o total controle, dado que dentro das baladas as pessoas faziam o que quisessem.
Desde o início, o recomendado sempre foi que as pessoas permanecessem em casa de quarentena, sem aglomerações, que evitassem ao máximo ir para as ruas e ter contato com estranhos, nunca deixando de lado o uso das máscaras e álcool em gel, mas nem sempre isso foi respeitado. As reuniões, sejam elas familiares ou entre amigos, sempre aconteceram, desrespeitando as normas de biossegurança e colocando em risco a vida de muitos cidadãos.
Segundo Ryan Nabhan, promoter e organizador, quando a pandemia começou as casas que promovem eventos, tais como Casa da Árvore, Estância das Flores e entre outras fecharam por tempo indeterminado. ‘’Durante um ano mais ou menos, as casas não estavam abertas para alugar, e nós também não fizemos nada nesse período, pela nossa própria segurança, pela questão do toque de recolher e para evitar aglomerações que pudessem nos causar problemas maiores.’’, diz Ryan.

Depois de um tempo, com o comércio voltando ao normal aos poucos, baladas e outros estabelecimentos reabrindo com quantidade máxima de pessoas por local, as festas voltaram a acontecer. Para que não desse nenhum tipo de mal entendido, os organizadores contrataram segurança para ficarem no local e controlarem quem saía e quem entrava, e dessa forma dispersar qualquer viatura que tentasse encerrar tal festividade. As casas que realizam esses eventos possuem alvarás, que são documentos ou declarações governamentais que autoriza alguém a praticar determinado ato, porém se o limite do alvará for atingido o organizador terá que pagar a mais para que seja aumentado.

Dando continuidade, será que no auge da pandemia, com o aumento de casos, as pessoas cumpriram 100% a quarentena? Raissa Cuevas relatou que no começo, quando aconteciam algumas festas ou reuniões familiares, ela utilizava a máscara na maior parte do tempo, porém em determinado momento deixava de usar por estar entre amigos, e a maioria tinha consciência dos lugares que os outros frequentavam. Quando acontecia de um ou dois conhecidos se infectarem, ela diz que a preocupação não era alta, pois o nível de mortalidade da faixa etária deles era baixa.
‘’Atualmente, a preocupação diminuiu mais, eu mesma não uso máscara na maior parte do tempo, convivo com pessoas que tomaram as duas doses da vacina e tomo os devidos cuidados nos ambientes com maior lotação. As festas continuam em grande escala, onde é raro ver alguém mantendo distância ou com máscara.’’, diz Raissa.
Mariana Scaramussa contou sua rotina que foi um pouco diferente. Segundo a mesma, no início ela ficou cerca de dois meses sem sair de casa, um pouco depois voltou a rever alguns amigos e participou de algumas reuniões que aconteciam nas casas dos mesmos. A princípio, essas reuniões eram com poucas pessoas, só selecionavam as que não estavam saindo muito e quem não era nem possuía familiares no grupo de risco. Depois de um tempo, os cuidados foram ficando mais flexíveis e a partir de junho já estava vendo os amigos regularmente.
‘’Quando eu voltava de lugares muito movimentados, como mercado, farmácia e igreja, imediatamente eu retirava as roupas e calçados e tomava um banho. Nas reuniões confesso que não tomava muito cuidado, confiava neles e acabava não mantendo essa rotina quando chegava em casa.’’, diz Mariana.