No começo de março de 2021, o Coletivo Perseguidas em seu perfil no twitter, decidiu trazer para as redes sociais uma hashtag contra a feminilidade imposta às mulheres, a #TireOEspartilho.

Esse movimento nas redes sociais começou com as feministas sul-coreanas em 2015, quando perceberam que as mulheres estavam gastando a maior parte de seu salário em produtos de beleza, enquanto os homens investem seu dinheiro em projetos e trabalhos, mantendo a hierarquia econômica. Com o objetivo de conscientizar e alcançar mais pessoas, as mulheres tomaram as ruas na Coreia do Sul, e utilizaram a internet para propagar a luta, assim espalhando esse movimento pelo mundo.
No Brasil quem introduziu o movimento foi o Coletivo Perseguidas, fundado por mulheres (preferem manter o anonimato) para propagar conhecimento sobre o feminismo de forma gratuita. O Coletivo se baseia no feminismo radical não-branco, e por meio de seus conteúdos quer ajudar na libertação das mulheres.
Embora a pauta da feminilidade parecer fútil e inútil para muitos, ela tem um impacto ao longo da vida de todas as mulheres, o que começa com maquiagens e cortes de cabelo pode acabar em morte na mesa de cirurgia. Durante suas vidas existe uma cobrança constante para as mulheres se manterem de uma maneira estética que demanda tempo e dinheiro, e mesmo quebrando e se libertando de algumas cobranças, surgem outras para garantir que o foco sempre seja dividido e a mulher continue inferior ao homem na sociedade. Hoje isso é claro quando abrimos o Instagram e encontramos diversos filtros que mudam o rosto, causando uma onda de procedimentos e cirurgias estéticas da “moda” que muitas investem sem ter total consciência de danos a curto e longo prazo. Depilações dolorosas e agulhas na pele constantemente também causam um costume com a dor, mulheres passam a pensar que dor é necessária, isso pode levar a aceitarem dores emocionais e agressões, se mantendo em relações nocivas.
O movimento Tire o Espartilho é necessário para mostrar que até pautas “menores” são importantes e podem salvar mulheres. Para falar mais sobre o impacto nas redes sociais, uma das fundadoras do Coletivo Perseguidas deu uma entrevista que está no podcast, e para quem quer ler mais sobre o movimento e o Coletivo os links para o perfil no twitter e para um dos materiais disponíveis se encontram abaixo.
Post relevante e necessário. Muitas mulheres se tornam escravas de procedimentos estéticos e nem percebem que por trás de seus hábitos considerados comuns- pintar o cabelo, usar saltos, etc- está não um gosto pessoal, mas um comportamento ditado por convenções sociais que podem deixar à margem milhares de mulheres que não se encaixam nos padrões inalcançáveis que a mídia propaga. Mais saúde, mais aceitação; menos preconceitos, menos amarras.
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